quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Digestão de lipídeos


Os lipídeos da dieta são hidrolisados durante o processo digestivo por ação catalítica de enzimas. Para que as enzimas possam atuar, é necessário um pH e temperatura adequados. A secreção do ácido clorídrico pelas células parietais do estômago tem grande importância. Este ácido é neutralizado pelo bicarbonato, presente no suco pancreático e na bile. A emulcificação das gorduras, isto é, dispersão em gotículas, por ação dos sais biliares e dos fosfolipideos também são determinantes para a hidrólise dos lipídeos.

A digestão de lipídeos começa na boca, com uma enzima presente na saliva, a lipase lingual. Esta enzima inicia o processo de digestão de ácidos graxos de cadeia curta ou média (até 12 carbonos). Em seguida, a lipase gástrica secretada pela mucosa gástrica, também age nos triglicerídeos. O ácido clorídrico é segregado pelas células parietais do estômago e o pH apropriado varia de 1 a 2, isto é, um meio ácido. (O pH é medido numa escala de 0 a 14. Numa medição de 0 a 6,9 o pH de determinada substância é considerado ácido. Um substancia neutra apresenta pH igual a 7. E um pH de 7,1 a 14 a substância corresponde a uma base). O processo envolve a conversão do gás carbônico (CO2) em ácido carbônico (H2CO3) por ação catalítica da enzima anidrase carbônica e a subsequente dissociação do ácido carbônico em HCO3-  + H+  no citoplasma das células parietais do estômago. No pólo apical (parte que fica em contato com a substância) destas células, a enzima ATPase catalisa a troca de H+ que sai (contra gradiente), por K+  que entra (também contra gradiente). A componente exergônica do processo é a hidrólise do ATP.  Assim, quando as células parietais são estimuladas a segregar ácido clorídrico, o bicarbonato que resultou da dissociação do ácido carbônico vai alcalinizar (tornar o pH básico) o plasma sanguíneo. As células que forram o estômago não são normalmente agredidas pelo ácido porque estão protegidas por um muco. O pH ácido do estômago tem  importância porque é o pH adequado para a ação das enzimas digestivas que lá atuam, como a lipase, pepsina, histamina...).

No duodeno, o ácido do estômago é neutralizado pelo HCO3- dos sucos pancreático e biliar. O pH 7-8 do lúmen intestinal é adequado para a ação das enzimas digestivas pancreáticas e intestinais.

A emulsificação (dispersão em gotículas) das gorduras é um passo importante na digestão dos lipídeos. Emulsificar significa diminuir o tamanho de tais gotículas. Esta diminuição faz com que aumente a superfície de contato entre os locais que estão as enzimas. No processo de emulsificação participam substâncias que têm “ação detergente”, pois os detergentes são substâncias com propriedades anfipáticas, isto é, possuem uma parte hidrofóbica que se conecta a molécula de gordura e outra hidrofílica, que se conecta a molécula de água. Na digestão de lipídeos são importantes os sais biliares, produzidos no fígado, os fosfolipídeos da dieta e da secreção biliar assim como os próprios produtos da digestão dos lipídeos. 

É importante ter em mente que as enzimas envolvidas na digestão destes macronutrientes são todas esterases (catalisam a rotura hidrolítica de ligações éster) e em todos os casos um dos produtos é um ácido graxo.  


Mas além do ácido graxo, outras moléculas são obtidas como produto. Mas deixaremos pra falar sobre cada uma e o destino delas no próximo post. Voltaremos a nos encontrar só em 2013. Até lá, divirtam-se e um excelente Ano Novo!!!


Referências bibliográficas:


http://quimica10.com.br/ acessado em 24 de dezembro

http://www.infoescola.com/ acessado em 24 de dezembro


Imagens retiradas do Google com adaptações


POSTADO POR: CAROLINE M. LOPES


O que são hormônios?




A obesidade, definitivamente, ganhou espaço na vida do homem moderno. O que antes se tinha como problema, a desnutrição, agora, se tem o acúmulo de gordura. Porém, quando tocamos nesse assunto, a primeira coisa que se pensa, geralmente, é no ganho de peso excessivo. As pessoas mal sabem que há uma série de hormônios que regulam e interferem na atividade metabólica desta enfermidade. Mas antes de falarmos quais são estes sinalizadores e seu papel num organismo obeso, surge a dúvida inicial: "O que é um hormônio?”. Bem, para tirar essa dúvida da cabeça, esclareceremos da melhor maneira possível seu conceito.

A origem da palavra hormônio é grega, HORMAO, que significa estímulo, movimento. Produzidos por glândulas endócrinas, os hormônios são moléculas químicas secretadas na corrente sanguínea, que possuem a função de transportar um sinal, uma mensagem de uma célula para outra. Eles se ligam a um receptor, resultando na ativação de um mecanismo de tradução de sinal que leva a um tipo específico (indução ou inibição) de resposta num determinado componente corpóreo. Eles possuem inúmeras funções, regulando o crescimento, o desenvolvimento, as funções do sistema reprodutor, da absorção de glicose, entre outras. A resposta hormonal se diferencia da resposta nervosa, pelo tempo, em que a primeira se prolonga por um período maior.

Eles são derivados de 3 classes de substâncias químicas:


  • Proteínas ou peptídeos, convertendo-se em tirotrofina hormônio folículo estimulante, prolactina, insulina, glucagon e gastrina. São produzidos normalmente na hipófise, pâncreas, ovários, tireoide, paratireoide, rins, estômago e duodeno;


  • Colesterol convertendo-se em esteroides adrenocorticais e gonadais. São secretados pelas glândulas supra-renais, testículos e ovários;


  • Os aminoácidos triptofano e tirosina que são convertidos em serotonina, melatonina, catecolaminas e hormônios da tireoide.




-Alguns locais de produção dos hormônios:






-Exemplo da ação de dois hormônios, a insulina e o glucagon:







-Referências bibliográficas



-imagens retiradas do google

-Postado por: Nathália Bandeira








 

sábado, 22 de dezembro de 2012

O que são lipídeos?


Lipídeos é um grupo de compostos que, em geral, são insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos. Esse grupo se subdivide em colesterol, ácido graxo, triacilgliceróis e fosfolipídeos.

Embora sejam recriminados e acusados de causar aumento de peso, os lipídeos são indispensáveis numa dieta, pois tem funções estruturais, fazem parte da membrana celular, auxiliam na temperatura corporal e tem função de reserva de energia.

O organismo prioriza gastar as reservas de glicogênio, que são advindas da degradação de carboidratos, por ser uma forma rápida de se obter energia. Com o término da reserva de glicogênio o organismo opta por utilizar as reservas de lipídeos. O que não for gasto será armazenado na forma de lipídeos. A obesidade pode ser causada por ingestão exacerbada dos macronutrientes: lipídeos, proteínas e carboidratos.

As gorduras existem maioritariamente no tecido adiposo.  Logo, o aumento de tecido adiposo, como ocorre nos obesos, resulta em maiores quantidades de gorduras acumuladas. Os mais abundantes componentes lipídicos da dieta (mais de 90%) são misturas de diferentes tipos de triacilgliceróis. Os triacilgliceróis são ésteres de ácidos graxos e glicerol (por se tratar de triacilglicerol são compostos por uma molécula de glicerol + 3 ácidos graxos). 










Óleos são lipídeos que em temperatura ambiente são líquidos. São insaturados, ou seja, apresentam no mínimo uma dupla ligação e apresentam Ponto de Fusão menor.

Gorduras são lipídeos que em temperatura ambiente são sólidas. São saturados, ou seja, não apresentam duplas ligações nas suas cadeias.

Os ácidos graxos podem ser saturados ou insaturados.


Além de serem insaturados, se subdividem em monoinsaturados ou poliinsaturados e denominam-se de acordo com o número de carbonos e, no caso de existirem, com o número e localização das duplas ligações. Como apresentam 2 extremidades, dependendo de onde começará a contagem de carbonos receberá um nome diferente.     
  • Nomenclatura dos ácidos graxos: Cn : X ω-Y
n = número de carbonos;
X = número de duplas ligações;
ω = contagem da 1ª dupla ligação a partir da extremidade metil;
Y = número do carbono 1ª dupla ligação .

Posição da dupla ligação
           
            - ω ou D
                        ω: contagem em relação a extremidade metil
                        D: contagem em relação a extremidade carboxila
                  
   Ex. ácido linoléico C18:2 ω-6


               
Ex: ácido linoléico C18:2 D 9,12




Referências bibliográficas



imagens retiradas do Google, com adaptações.

POSTADO POR CAROLINE MOREIRA LOPES



domingo, 2 de dezembro de 2012

O que é obesidade?


A obesidade, segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde - é definida como uma doença crônica caracterizada pelo acumulo anormal ou excessivo de gordura que pode prejudicar a saúde. Este não é um fenômeno recente. Sabe-se da existência de indivíduos obesos desde a época paleolítica, porem a preocupação de leigos e médicos é crescente, pois nunca havia se observado um aumento tão significativo de pessoas obesas como na atualidade.
O aumento do consumo de alimentos altamente calóricos, sem uma atividade física equivalente ao ganho calórico, leva a um aumento de peso. Diminuição dos níveis de atividade física também resultará em um desequilíbrio de energia, e consequentemente, levará ao ganho de peso. Uma maneira de medir o índice de massa corporal (IMC) é dividir o peso do indivíduo (kg) pela sua altura (m) elevada ao quadrado. Por definição da OMS uma pessoa com IMC maior ou igual a 25 significa excesso de peso e maior ou igual a 30 já é classificada como obeso. Todavia, a obesidade não deve ser considerada apenas por esse cálculo, pois o índice é uma medida passível de erro, já as medições de distribuição de gordura pelo corpo são mais eficazes.
Na Europa, os dados evidenciam que 10 a 20% dos homens e 10 a 25% das mulheres apresentam índice de massa corpórea igual ou maior que 30 kg/m2. Nos Estados Unidos, um censo recente mostrou que 55% da população adulta têm sobrepeso (IMC ≥ 25 kg/m2) ou obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2). Porém não são apenas nos países desenvolvidos que a epidemia vem crescendo. O aumento de indivíduos obesos é alarmante. Estudiosos apresentaram dados que evidenciam um aumento considerável, principalmente na região Nordeste do Brasil. Já na região Sudeste a elevação do número de obesos foi nitidamente maior nas classes menos favorecidas (particularmente em mulheres). A explicação para tal fato é que as pessoas tendem a mudar os hábitos alimentares levando em conta a possibilidade de comprar alimento, dando prioridade aos ricos em gorduras (em suma maioria são mais acessíveis). Cada vez mais, a população vem consumindo alimentos altamente calóricos, sem um aumento de atividades físicas.

A Obesidade é um fator de ricos para doenças não transmissíveis como:
• Doenças cardiovasculares;
• Hipertensão Arterial;
• Diabetes;
• Músculo-esqueléticas (especialmente osteoartrite);
• Cérebro-vasculares;
• e alguns tipos de câncer.
A parte boa é que a doença pode ser prevenida e tratada, com simples iniciativas: limitar o consumo de alimentos gordurosos; aumentar o consumo de frutas, hortaliças e leguminosas, grãos integrais; diminuir a ingestão de açucares e praticar atividade física.

Postado por: THAIS AMARAL

domingo, 25 de novembro de 2012

Tudo sobre Obesidade (pré-projeto)

Obesidade é uma patologia relacionada ao acumulo de gordura no corpo, causado, na maioria das vezes, por um consumo exagerado de energia, distúrbios psicológicos, ambientais e genéticos. A pessoa que tem um gasto energético menor que o valor energético consumido diariamente, tende a ganhar peso. Isso porque uma série de consequências é desencadeada quando não há o equilíbrio do Gasto energético total (Gasto Energético Basal + Atividade física + Efeito término dos alimentos) com a ingestão de alimentos. Ao contrário do que se imagina, seria mais fácil controlar uma dieta do que o gasto energético, pois a perda de peso não é decorrente apenas de exercícios físicos.
  • Fatores psicológicos: aparece como causa e também como consequência. Pessoas ansiosas, depressivas, estressadas, que sejam rejeitadas ou frustradas, têm maiores chances de adquirir a obesidade. Isso porque para suprir a necessidade de algo, acabam por descontar na alimentação, comendo exageradamente e erroneamente. Além disso, está atrelado também a compulsão, onde o individuo ingere uma grande quantidade de calorias, em um curto período de tempo.
  • Fatores Ambientais: Os hábitos alimentares e a falta de atividades físicas têm forte influencia nas causas da obesidade. Hoje em dia, as dietas são ricas em gorduras, açucares e em uma grande densidade energética.
  • Fatores Genéticos: Algumas obesidades são desencadeadas por genes. Mas são poucos que se enquadram nesse tipo de obesidade. Fontes de estudo, demonstraram que até mesmo gêmeos adotados têm similaridades com pais adotivos na manutenção do peso corporal.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde a obesidade tornou-se uma epidemia do século 21, resultando em doenças crônicas como hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes, infarto e enfarte do miocárdio.


Nosso principal objetivo é relacionar a obesidade com suas principais causas, já mencionadas, e correlacioná-las à Bioquímica, explicando os inúmeros hormônios responsáveis pelo metabolismo e a função de certos macronutrientes (proteínas, carboidratos, lipídeos). E também, indicar as doenças que podem ser desencadeadas pela Obesidade. Relataremos também, como o número de cirurgias redutoras tem sido mais freqüentes, e já se pensa em liberar a cirurgia bariátrica para adolescentes de 16 anos que sofrem com o problema