quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

β-oxidação de ácidos graxos de numero par e ímpar.


A b-oxidação dos ácidos gordos consiste num ciclo de 3 reações sucessivas, idênticas à parte final do ciclo de Krebs: desidrogenação, hidratação da ligação dupla formada e oxidação do álcool a uma cetona.
Por ação da enzima tiolase, na  β oxidação, o ácido graxo sofre remoção gradativa de dois átomos de carbonos na forma de acetil-CoA, começando pela extremidade da carboxila do ácido graxo, para a formação de 1 molécula de acetil-CoA, 1 de NADH e 1 de FADH2 a cada quebra. 


Quando um ácido graxo com número par de carbonos é submetido a ciclos sucessivos do ciclo de β-oxidação, o produto é acetil-CoA, com 2 carbonos cada. Portanto o número de acetil-CoA produzido corresponde à metade de carbonos que o ácido graxo possuía.


  •   Exemplo:

O ácido esteárico contem 18 átomos de carbono, logo, origina 9 moléculas de acetil-CoA após 8 ciclos de β-oxidação. A nona unidade de dois carbonos permanece esterificada à CoA.

Após a formação de acetil-CoA, estes são oxidados até CO2, por meio do ciclo do oxaloacetato. Neste ciclo, alguns dos produtos finais são o CO2, NADH e FADH2. O NADH e o FADH2 são produzidos pela β-oxidação e pelo ciclo do ácido cítrico, e entram na cadeia transportadora de elétrons, e por meio da fosforilação oxidativa o ATP é produzido.


IMPORTANTE: peroxissomos e glioxissomos são organelas que também realizam reações de oxidação e também são sítios de β-oxidação, embora sejam muito menores que a mitocôndria. Certas drogas, chamadas medicamentos hipolipidêmicos, são usadas na tentatica de controlar a obesidade. Alguma delas atuam estimulando a β-oxidação nos peroxissomos.

Mas e se o numero de carbonos de um ácido graxo for impar, não ocorrerá a oxidação?

SIM, ocorrerá, mas de uma maneira diferenciada! Vejamos como:


Os ácidos graxos de cadeia ímpar não são frequentemente encontrados na natureza como aqueles de cadeia par. Ácidos graxos de cadeia impar também são submetidos a β-oxidação. Porém o ultimo ciclo de β-oxidação produzirá uma molécula de propinoil-CoA ao invés de 2 acetil-CoA. (Sobram 5 carbonos, 3 irão para o propinoil-CoA e 2 para um acetil-CoA). Para sua oxidação, a propionil-CoA é convertida a succinil-CoA, análoga à carboxilação de piruvato a oxaloacetato e que também requer biotina como coenzima. (Há uma via enzimática para converter poprionil-CoA em succinil-CoA). A conversão de D-metilmalonil-CoA a succinil-CoA, que é um intermediário do ciclo do oxaloacetato, é feita em duas etapas: transformação do isômero D em L e isomerização deste último composto utilizando um derivado da vitamina B12, como coenzima. Já o acetil-CoA segue a via normalmente: (Ciclo do oxaloacetato, Cadeia de transporte de elétrons). 


Referências Bibliográficas: 
http://lsgasques.blogs.unipar.br/files/2008/10/oxidacao-de-acidos-graxos.pdf
Livro: Bioquímica - Volume 1- Bioquímica básica, de Mary K. Campbell e Shawn O. Farrell. 5° Edição norte americana. Capítulo 21 (Metabolismo de lipídeos).

Imagem retirada do Google

Postado por: Caroline M. Lopes

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